Veículo usado - ano 2003 - que veio de São Paulo/SP para a Floresta.
Dia 22 de novembro de 2013 foi o último dia de operação em Campo Grande da Auto Viação Floresta de Rio Branco Ltda. Uma saída repentina, que pegou quase todo mundo de surpresa, inclusive os próprios funcionários da empresa, e ocasionou mudanças no transporte da cidade, sendo sua saída inclusive apontada como responsável pela chegada dos últimos novos ônibus.
Após entrar em operação dia 26 de novembro de 2012, qual o saldo do quase 1 ano de atividade da empresa?
A empresa iniciou sua operação junto com o Consórcio Guaicurus, já recheada de mistérios. Após ser divulgado em todos os lugares que o Consórcio era formada somente pela Viação Cidade Morena (ônibus começado com número 1), Viação São Francisco (número 2), Jaguar Transportes Urbanos (número 3) e Viação Campo Grande (número 4), surgiu uma empresa operando com ônibus iniciados com número 7 e fazendo exatamente as mesmas linhas e tabelas que eram da Serrana Transportes Urbanos, que devido a dívidas, não pode concorrer na licitação. Para cobrir as linhas da Serrana, a Floresta trouxe 70 ônibus usados, vindos de São Paulo, Curitiba, São Vicente, Uberaba e Ribeirão Preto, além de 8 ônibus 0km, sendo um deles articulado do moderno modelo Viale BRT, sendo individualmente a empresa que mais trouxe ônibus novos no início do Consórcio. A empresa ficou não só com as linhas da Serrana, como também com os funcionários desta, e mais tarde as evidências se tornaram cada vez mais forte de que a ligação com a Serrana era muito maior. Apesar de não ter sido divulgado em lugar nenhum, vários fatores apontavam que a Floresta foi uma manobra da Serrana para se manter na cidade.
O início da operação da Floresta foi bastante conturbado, os ônibus usados começaram a apresentar altos índices de quebra, principalmente os mais antigos proveniente de São Paulo e os articulados vindos de Curitiba. Além das quebras, a maior parte da frota da Floresta era composta de ônibus menores do que os que operavam no tempo de Serrana, causando mais desconforto e aperto para os usuários, sendo que esta diferença ficou muito clara nas linhas alimentadoras (azuis) do Terminal Morenão. Após o período conturbado de início, a empresa foi tendo melhoras operacionais, a manutenção dos articulados melhorou, os ônibus de São Paulo passaram a ficar mais tempo como ônibus reservas e operando em linhas de reforço, causando menos transtornos. Além disto, a empresa trouxe mais 7 carros 0km (sendo 2 executivos), o que levou a uma leve melhora operacional, principalmente nos bairros da região da BR262, como Noroeste e Maria Aparecida Pedrossian.
Uma curiosidade, que neste um ano de operação, o Consórcio nunca divulgou nenhum sinal da existência de uma empresa chamada Floresta, omitindo qualquer informação a respeito. Aparentemente a manobra para operar teria êxito se não fosse denúncias feitas em audiências públicas, questionando a existência e legalidade da Floresta. As denúncias despertaram interesse da imprensa, que passou a apontar irregularidades e cobrar do Consórcio maiores explicações. O Consórcio, após uma fracassada tentativa de legalizar a operação, decidiu encerrar o vínculo com a Floresta, com justificativas vagas, tal como "acordo comercial", usado pelo diretor do consórcio, João Rezende. De que maneira se deu e o verdadeiro porquê da saída da Floresta, são coisas que não foram bem esclarecidas e talvez nunca sejam.
O link a seguir mostra uma matéria do SBT MS sobre o fim da operação da Floresta além de deixar bem claro as ligações da empresa com a Serrana. Matéria de excelente qualidade.
Produzido por Eric Moises Martins.
Produzido por Eric Moises Martins.
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